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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Pela primeira vez na história, final da Liga das Américas foi entre dois times do mesmo país


Era decisão. Arquibancada fervendo, com público de 9.546 presentes. O jogo começou com o Flamengo forçando as jogadas de garrafão com Meyinsse e o Pinheiros errando demais em arremessos forçados de três pontos, principalmente Joe Smith e Jonathan Tavernari. O placar estava 11 x 11 quando o Flamengo conseguiu uma sequência de 8 x 0. Com a presença forte embaixo da cesta do Pinheiros, trabalhava a bola à procura de uma brecha no garrafão adversário e fez 25 x 15 no primeiro quarto. Olivinha e Meyinsse eram os maiores pontuadores, os principais responsáveis pela vantagem rubro-negra.

No segundo quarto, Cláudio Mortari conseguiu mudar o jogo. Até então, Meyinsse era dominante sobre Morro e Tavernari parecia perdido em quadra. Mortari então lançou o garoto Humberto, de 18 anos, e o experiente pivô Babby, os dois mudaram o jogo. Babby se destacou com oito pontos e um rebote ofensivo, levando o Pinheiros a encostar no placar. Babby, naquele momento, reinava absoluto debaixo da tabela. Shamell e Joe Smith, com duas bolas de três, fizeram com que a diferença, que chegou a ser de 11 pontos, caísse para um. E foi uma bolas de três de Humberto que fez o time paulista encostar de vez no placar, colocando fogo no jogo, a vantagem caiu para 35 x 33 a 4'07'' do fim do primeiro tempo. Babby se destacava com oito pontos e um rebote ofensivo. Porém, a resposta rubro-negra veio de maneira imediata. Com cinco pontos seguidos, Marcelinho chegou a 12 e comandou a reação rubro-negra no fim do segundo quarto, levando o placar a 46 x 40 para o Flamengo. Retrato do primeiro tempo da partida: Shamell cestinha com 13 pontos, e Marcelinho Machado com 12. As atuações de Gegê e, principalmente, Tony Washam, que vieram do banco, foram fundamentais para manter o time rubro-negro a frente.


No terceiro quarto, o jogo seguia equilibrado e imprevisível. Babby continuava sendo um tormento no garrafão flamenguista, anotando cinco pontos seguidos e empatando a partida em 50 x 50. Na metade do quarto o placar indicava 53 x 53. O Pinheiros voltou a passar a frente com 56 a 55 a seu favor. A partida foi se tornando mais tensa, e os times começaram a errar mais. Só que uma falta de Babby em Marcelinho pendurou o jogador, que foi poupado e teve que sentar no banco de reservas. Foi Shamell quem chamou a responsabilidade então e o jogo se manteve extremamente acirrado. Quando não era o ala norte-americano quem definia as jogadas, o garoto Humberto assumia essa função. No fim do terceiro quarto, vantagem dos cariocas por um ponto: 61 a 60. E uma preocupação para José Neto, Marquinhos também pendurado em faltas.

Na primeira metade do quarto quarto a bola parecia fugir às mãos dos craques de ambos os times, o que deixava a torcida rubro-negra muito nervosa. Sentindo o mal momento, a torcida esteve tensa e calada na primeira metade do quarto derradeiro. Faltando 5 minutos por serem jogados, o Pinheiros tinha um ponto de vantagem: 68 x 67. Uma falta pôs Babby nos lances livres e ele não desperdiçou: 70 x 67. Momento decisivo na Final da Liga das Américas. Total dramaticidade em quadra.

O Flamengo respondeu com uma cesta de três de Marcelinho. A 4 minutos do fim, 70 a 70 no placar, a vitória seria de quem conseguisse controlar os nervos e errasse menos. No ataque seguinte, a defesa rubro-negra funcionou e o Flamengo recuperou a posse de bola. Marquinhos então chamou a responsabilidade, infiltrou e cravou uma linda enterrada para pôr os rubro-negros de novo na dianteira: 72 x 70, fazendo com que o Maracanãzinho se transformasse em um verdadeiro caldeirão. Com os gritos de "Vamos, Flamengo!" vindos das arquibancadas lotadas, o time abriu 76 x 70 quando restavam 2'16'' para o término da decisão.


Mortari pediu tempo. Na sequência, o jogo ficou truncado, com disputas intensas no garrafão e faltas. Faltando 38 segundos, o Flamengo vencia por cinco pontos: 81 x 76. A posse era do Pinheiros e rapidamente Shamell anotou mais dois. No ataque seguinte, o armador argentino Nicolás Laprovittola, que não esteve numa noite feliz, escorregou e perdeu a bola. Com o placar 81 x 78, Shamell tentou de três e não acertou. Mas o Pinheiros pegou o rebote, Rafael Mineiro teve duas oportunidades de diminuir, mas errou ambas. O Flamengo recuperou a bola e Marcelinho sofreu falta. A segundos do fim, pôs 83 x 78 no marcador. Última posse do Pinheiros faltando sete segundos. Erro de passe, bola na mão de Tony Washam, que avançou sozinho para cravar uma enterrada no estouro do cronômetro e pôr números finais na partida: Flamengo 85 x 78 Pinheiros.


Ficha Técnica
22/03/14 - FLAMENGO 85 x 78 PINHEIROS
Parciais: 25 x 15 / 21 x 25 (46 x 40) / 15 x 20 (61 x 60) / 24 x 18 (85 x 78)
Flamengo: Nicolás Laprovittola (8), Marcelinho Machado (24), Marquinhos (14), Alexandre Olivinha (13) e Jerome Meyinsse (18). Téc: José Alves Neto. Depois: Gegê (0), Tony Washam (7) e Shilton (1).
Pinheiros: Joe Smith (11), Shamell Stallworth (25), Jonathan Tavernari (4), Rafael Mineiro (9) e Rafael "Babby" Araújo (17). Téc: Cláudio Mortari. Depois: Humberto (11), André Bambu (1), Steven Toyloy (0) e Morro (0).

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