.

sábado, 19 de abril de 2014

"Cien Clásicos, Cien Historias": livro conta a história de um dos maiores clássicos do basquete argentino


O livro "Cien Clásicos, Cien Historias" (100 Clássicos, 100 Histórias) faz uma compilação de fatos envolvendo o tradicional clássico de basquete de Mar Del Plata, na Argentina, o duelo entre Peñarol e Quilmes. O livro, através de cem contos resgata as diferenças e rivalidades do tradicional enfrentamento dos dois times marplatenses ao longo de mais de 20 temporadas na divisão principal da Liga Argentina de Basquete. Em 100 jogos oficiais, o Peñarol levou vantagem sobre o rival, venceu 67 e perdeu 33 vezes.

O livro, como não poderia deixar de ser frente a tamanha rivalidade, teve dois lançamentos, um no Kemer, na Avenida Independencia 2.664, durante o evento de lançamento do novo uniforme e do novo elenco do Peñarol para a temporada 2013-2014, o outro, no dia seguinte, na sede do Quilmes, na Avenida Luro y Guido.

Como dizem os marplatenses: “cada clássico é uma história a parte”. A cada Peñarol x Quilmes há uma história que vale a pena ser contada, independente do vencedor. É o que diz o livro do jornalista Ariel Greco, que resgata cem histórias contadas por jogadores, treinadores, torcedores e jornalistas, em mais de 20 anos de uma rivalidade que nasceu antes da bola subir para o primeiro duelo entre ambos, quando o Peñarol conseguiu evitar, com uma petição que o Quilmes chegasse à Liga Nacional, obrigando o clube rival a esperar por alguns anos mais até obter o acesso à elite do basquete argentino.


O livro, que é publicado pela editora Ediciones Al Arco, tem a opinião de Oscar “Huevo” Sánchez e Sergio “Oveja” Hernández, os dois treinadores que mais participaram do clássico. “Adorei ser parte de um grande momento do basquetebol de Mar del Plata. Lutei como se fosse pela minha vida para ganhá-lo e fiz muitas diabruras”, reconhece Sánchez, o técnico com mais presença no duelo, tendo estado 36 partidas sentado no banco de reservas do Quilmes. “Para um livro, na Liga Nacional Argentina quase não há histórias melhores que as de um Peñarol x Quilmes”, completa Hernández, que comandou o Peñarol durante 23 duelos contra o Quilmes.

Uma rivalidade em que a paixão leva a extrapolações

O prólogo do livro foi escrito pelo jornalista Marcelo Solari, que cobriu todos os clássicos desde o primeiro duelo, em 1991. Tem também as opiniões de Eduardo Dominé e Sebastián “Tato” Rodríguez, dois símbolos de Quilmes e de Peñarol. “Eu era o diabo para o Peñarol e nas ruas me faziam sentir isto. Mesmo cinco anos depois de ter deixado de jogar este clássico, eles ainda me consideravam como um rival”, garante Dominé, ex-jogador do Quilmes.

“Eu considerava o clássico como se fosse uma final. Se estava bem, eu focava em manter o nível para continuar vencendo. Se estava mal, ali era o ponto de partida para a recuperação”, fala Rodríguez, que defendeu o Peñarol de 1994 a 1998, depois de 1999 a 2003, e numa terceira passagem, de 2004 a 2009.




PEÑAROL

O Club Atlético Peñarol foi fundado em novembro de 1922 e tem no basquete sua atividade principal. Seu time de basquete sagrou-se campeão da Liga Nacional nas temporadas 1993-94, 2009-10, 2010-11 e 2011-12, e foi campeão da Liga das Américas em 2008 e em 2010. Foi o primeiro clube a conquistar um Tri-campeonato da Liga Argentina de Basquete. O nome original do clube era Club Atlético Peñarol de Montevideo, e foi fundado após a passagem do time de futebol do Peñaol pela cidade. Quanto às suas cores, as escolhidas foram o azul e branco, com listras finas e verticais, o que lhes deu o apelido de "Milrayitas" (mil listrinhas).

Sua primeira grande temporada de sucesso no basquete argentino se deu na temporada 1993-1994, quando foi campeão, tendo vencido na final ao Independiente de General Pico por 4x1. O time esteve imbatível nesta temporada, liderou de ponta a ponta e manteve-se invicto por 17 jogos.

O ápice na história do clube veio, no entanto, com o tri-campeonato argentino, sob o comando do treinador Sergio Hernández. Na primeira destas três temporadas, jogava com Pablo Rodríguez, Kyle Lamonte, Marcos Mata, Léo Gutiérrez e Martin Leiva. Na última temporada jogou com Facundo Campazzo, Kyle Lamonte, Marcos Mata, Léo Gutiérrez e Martin Leiva.


QUILMES

O Club Atlético Quilmes também foi fundado em 1922, e o basquete também é a atividade e maior destaque no clube. É importante que não se confunda o Quilmes de Mar Del Plata com o Quilmes Atlético Club, da cidade de Quilmes, na província de Buenos Aires, clube de futebol com diversas aparições na Primeira Divisão do Campeonato Argentino. Embora tenha poucos títulos, tanto no basquete quanto no futebol, o Quilmes se destaca por sua apaixonada e fanática torcida, é o clube com maior quantidade de sócios em Mar Del Plata.

A origem de basquete do Quilmes se dá na metade do século XX, mas o time se projetou no cenário basquetebolístico argentino no fim dos Anos de 1980, tendo na figura de Oscar Sánchez seu principal incentivador.

As melhores campanhas do Quilmes na Liga foram nas temporadas 2000-01 e 2001-02, em que o clube chegou à semi-final, ficando, respectivamente, com o 4º e o 3º lugar.


Quilmes x Peñarol: o clássico do basquete de Mar Del Plata



O MAIOR DUELO DE TODOS OS TEMPOS

Peñarol e Quilmes já se haviam enfrentado duas vezes em play offs da Liga Argentina, em ambas as oportunidades pela fase de Reclassificação (oitavas de final, quando os classificados de 5º a 8º lugar na 1ª fase enfrentam os classificados de 9º a 12º lugar). Na temporada 1994/95, o Peñarol venceu por 3 x 1. O Peñarol era o campeão da temporada anterior, impôs sua superioridade, mas depois acabou derrotado nas quartas pelo Atenas de Córdoba (3 x 0).

Dez anos depois, na temporada 2004/05, novo duelo pelas oitavas de final, e nova vitória do Peñarol, desta vez por 3 x 2. O Peñarol acabou eliminado nas quartas pelo Libertad Sunchales (3 x 1).

O maior duelo da história, no entanto, aconteceu depois do lançamento do livro "Cien Clásicos, Cien Historias", que saiu no início da temporada 2013/14. E naquela temporada o destino reservou um confronto entre os rivais pelas quartas de final. O Peñarol vinha de 7 temporadas seguidas entre os 3 primeiros da Liga: vice em 2006/07, semi-finalista em 2007/08, novamente vice em 2008/09, tri-campeão 2009/10, 2010/11 e 2011/12, e semi-finalista em 2012/13. E tinha a 2ª melhor campanha da temporada 2013/14. Já o Quilmes, tinha feito a 9ª melhor campanha na 1ª Fase, e havia surpreendido o Juventud Sionista com um 3 x 0 nas oitavas de final (reclassificação).

O Quilmes conseguiu se impor no primeiro jogo, abrindo a série em vantagem, mas o Peñarol mostrou a força de seu elenco, justificando a campanha melhor que a do rival na 1ª fase, e, mais uma vez na história, superou o Quilmes. A série terminou 3 x 1 e os milrayitas avançaram a semi-final.

Ficha dos Jogos

24/04/2014 - 1º Jogo
QUILMES 85 x 82 PENÃROL
Parciais: 21 x 16 / 28 x 16 (49 x 32) / 6 x 24 (55 x 56) / 17 x 16 (72 x 72) / 13 x 10 (85 x 82)
Gimnasio Polideportivo Islas Malvinas - Público: 6 mil.
Peñarol: Facundo Campazzo (36), Forrest Fischer (13), Adrián Boccia (1), Leonardo Gutiérrez (10) e Martín Leiva (11). Téc: Fernando Rivero. Banco: Franco Giorgetti (6), Isaac Sosa (1), Gabriel Fernández (0), Axel Weigand (2) e Matías Ibarra (2).
Quilmes: Fabián Sahdi (2), Walter Baxley (24), Federico Marín (26), Mario Ghersetti (10) e Diego Romero (1). Téc: Leandro Ramella. Banco: Tayavek Gallizzi (1), Luca Vildoza (8), Facundo Piñero (6), Lucas Ortiz (0) e Maximiliano Maciel (7).


26/04/2014 - 2º Jogo
PENÃROL 88 x 68 QUILMES
Parciais: 27 x 14 / 21 x 16 (48 x 30) / 18 x 17 (66 x 47) / 22 x 21 (88 x 68)
Gimnasio Polideportivo Islas Malvinas - Público: 6 mil.
Peñarol: Facundo Campazzo (11), Forrest Fischer (5), Adrián Boccia (19), Leonardo Gutiérrez (11) e Martín Leiva (16). Téc: Fernando Rivero. Banco: Franco Giorgetti (2), Isaac Sosa (14), Gabriel Fernández (0), Axel Weigand (2), Julian Morales (0) e Matías Ibarra (8).
Quilmes: Fabián Sahdi (0), Walter Baxley (21), Federico Marín (14), Mario Ghersetti (2) e Diego Romero (6). Téc: Leandro Ramella. Banco: Tayavek Gallizzi (7), Luca Vildoza (8), Facundo Piñero (0) e Maxi Maciel (10).


29/04/2014 - 3º Jogo
PENÃROL 80 x 68 QUILMES
Parciais: 19 x 19 / 18 x 20 (37 x 39) / 19 x 16 (56 x 55) / 24 x 13 (80 x 68)
Gimnasio Polideportivo Islas Malvinas - Público: 6 mil.
Peñarol: Facundo Campazzo (32), Forrest Fischer (8), Adrián Boccia (10), Leonardo Gutiérrez (9) e Martín Leiva (11). Téc: Fernando Rivero. Banco: Franco Giorgetti (3), Isaac Sosa (3), Gabriel Fernández (1), Axel Weigand (0) e Matías Ibarra (3).
Quilmes: Fabián Sahdi (8), Walter Baxley (7), Federico Marín (8), Mario Ghersetti (8) e Maximiliano Maciel (17). Téc: Leandro Ramella. Banco: Tayavek Gallizzi (2), Luca Vildoza (6), Facundo Piñero (0), Lucas Ortiz (0) e Diego Romero (12).


01/05/2014 - 4º Jogo
PENÃROL 80 x 70 QUILMES
Parciais: 19 x 18 / 18 x 23 (37 x 41) / 23 x 17 (60 x 58) / 20 x 12 (80 x 70)
Gimnasio Polideportivo Islas Malvinas - Público: 6 mil.
Peñarol: Facundo Campazzo (10), Forrest Fischer (0), Adrián Boccia (16), Leonardo Gutiérrez (7) e Martín Leiva (15). Téc: Fernando Rivero. Banco: Franco Giorgetti (12), Isaac Sosa (3), Gabriel Fernández (10), Axel Weigand (7) e Matías Ibarra (0).
Quilmes: Fabián Sahdi (0), Walter Baxley (22), Federico Marín (8), Mario Ghersetti (7) e Maximiliano Maciel (9). Téc: Leandro Ramella. Banco: Tayavek Gallizzi (0), Luca Vildoza (4), Facundo Piñero (10), Lucas Ortiz (3) e Diego Romero (7).



Nenhum comentário:

Postar um comentário