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terça-feira, 24 de julho de 2012

História dos Campeonatos Mundiais de Basquete 1994-2014 - A Multipolarização Global


1950-1967     1970-1990     1994-2014     2019-...


1994 – Mundial de Toronto, no Canadá

No Mundial de 1994, disputado em Toronto, no Canadá, os Estados Unidos voltaram a mandar uma seleção de jogadores da NBA, ainda que não fosse uma equipe tão forte como a campeã das Olimpíadas de 92, que havia vencido a todos os seus adversários por mais de 30 pontos de diferença. O modelo do Mundial se manteve o mesmo, com 16 participantes divididos em quatro grupo de quatro, no qul os dois primeiros de cada avançavam à 2ª Fase, na qual eram formados dois grupos de quatro, cujos dois primeiros colocados avançavam para fazer a semi-fimal.

Já estavam previamente classificados o anfitrião Canadá e o detentor do título olímpico, os Estados Unidos. As demais vagas foram 5 da Europa (Croácia, Espanha, Rússia, Grécia e Alemanha), 4 outras das Américas (Argentina, Brasil, Porto Rico e Cuba), 2 da África (Angola e Egito), 2 da Ásia (China e Coréia do Sul) e 1 da Oceania (Austrália). No continente europeu, seleções de grande tradição ficaram de fora, como Lituânia, Itália e França.

No Grupo A, os EUA venceram todas as suas partidas, como era esperado, vencendo a Espanha (115 x 100), China (132 x 77) e Brasil (105 x 82), porém, com diferenças do placar bem abaixo das vistas dois anos antes nas Olimpíadas de Barcelona. Na disputa da segunda vaga, houve surpresa, com a China vencendo e eliminando a Brasil (97 x 93) e Espanha (78 x 76).

No Grupo B, os favoritos se classificaram, com Croácia e Austrália seguindo adiante, eliminando a Cuba e Coréia do Sul. No Grupo C, a disputa também foi acirrada. Angola perdeu todos os seus jogos e a Rússia venceu a todos. A segunda vaga ficou com o Canadá, que venceu à Argentina por 91 x 73.

No Grupo D, Grécia, Alemanha e Porto Rico tiveram um tríplice empate, com o Egito eliminado. Nos critérios de desempate, a Grécia venceu aos alemães por 68 x 58 (10 de vantagem) e perdeu para os porto-riquenhos por 64 x 72 (8 de desvantagem). Porto Rico se beneficiou deste resultado, uma vez que havia perdido para a Alemanha por 74 x 81 (7 de desvantagem), e ficou com a segunda vaga, eliminando aos alemães.


No Grupo 1 da 2ª Fase, os EUA voltaram a vencer a todos os seus jogos: 130 x 74 na Austrália, 134 x 83 em Porto Rico, e 111 x 94 na Rússia. Os russos ficaram com a outra vaga na semi-final. No Grupo 2, os europeus confirmaram seu favoritismo, com Croácia e Grécia se classificando, e eliminando a Canadá e China. Confirmando a ascensão na qual vinham desde os últimos anos da Década de 1980, os gregos se colocaram entre os maiores da Europa, sendo a grande sensação deste Mundial ao lado da China.

Na semi-final, os Estados Unidos venceram à Grécia por larga vantagem, fazendo 97 x 58, e a Rússia venceu um duelo acirrado contra a Croácia, vencendo por 66 x 64. Na decisão do título, o time norte-americano se impôs com certa facilidade, fazendo 137 x 91 sobre a Rússia. O time profissional norte-americano, com jogadores da NBA e liderado pela força física do jovem Shaquille O’Neal, superou a seus adversários com ampla vantagem, ainda que um pouco menores do que o Dream Team Olímpico.

ESTADOS UNIDOS
Joe Dumars, Reggie Miller, Shawn Kemp, Dominique Wilkins e Shaquille O’Neal. Téc: Don Nelson. Sexto jogador: Alonzo Mourning.

Seleção do Campeonato
Sergei Bazaravich (Rússia), Reggie Miller (EUA), Shawn Kemp (EUA), Dino Radja (Iugoslávia) e Shaquille O’Neal (EUA)

Jogador Mais Valioso: Shaquille O’Neal (EUA)



1998 – Mundial de Atenas, na Grécia

O Mundial de 1998 foi disputado em Atenas, na Grécia. Após utilizar jogadores profissionais da NBA nas Olimpíadas de 1992 e 1996, e no Mundial de 1996, uma greve na NBA impediu que os atletas profissionais dos EUA jogassem aquele Mundial e, assim, os EUA voltaram a utilizar uma seleção de jogadores universitários nesta edição do torneio, como faziam até 1991.

Estavam previamente classificados a anfitriã Grécia e o detentor do título olímpico, os Estados Unidos. As demais vagas foram, mais uma vez, outras 5 da Europa (Iugoslávia, Lituânia, Rússia, Espanha e Itália), 4 outras das Américas (Argentina, Brasil, Porto Rico e Canadá), 2 da África (Nigéria e Senegal), 2 da Ásia (Japão e Coréia do Sul) e 1 da Oceania (Austrália). Entre os europeus, quem acabou não conseguindo sua vaga, entre as seleções de maior tradição, foi a Croácia. E na Ásia, quem ficou de fora foi a China. A Iugoslávia que era agora composta apenas por Sérvia e Montenegro, já não sendo mais aquela mesma que foi três vezes campeã mundial, em 1970, 1978 e 1990.

O formato de disputa teve uma leve mudança em relação às edições anteriores: na 1ª Fase, as 16 seleções continuavam se dividindo em quatro grupos de quatro, mas três de cada grupo avançavam à 2ª Fase. As classificadas carregavam seus confrontos diretos para a fase seguinte, na qual as 12 remanescente se dividiam em dois de seis, com as quatro primeiras de cada avançando para fazer um play-off a partir das quartas de final.

No Grupo A, sem surpresas, Grécia, Itália e Canadá ficaram com as vagas, eliminando a Senegal. No Grupo B, Iugoslávia, Rússia e Porto Rico avançaram, eliminando ao Japão. No grande confronto do grupo, os sérvios venceram aos russos, na prorrogação, por 82 x 74. No Grupo C, Lituânia, EUA e Brasil avançaram, eliminando à Coréia do Sul. A seleção universitária norte-americana caiu por 82 x 84 para os lituanos. E no Grupo D, Espanha, Argentina e Austrália avançaram, eliminando à Nigéria.

Na 2ª Fase, o Grupo E teve total domínio europeu, com Iugoslávia, Rússia, Grécia e Itália, nesta ordem, ficando com as quatro vagas, eliminando a Porto Rico e Canadá. No Grupo F, EUA, Espanha, Lituânia e uma surpreendente Argentina ficaram, nesta ordem, com as quatro vagas, eliminando a Austrália e Brasil.


Nas quartas de final, num duelo dos ex-soviéticos, a Rússia venceu à Lituânia por 82 x 67. Estados Unidos e Iugoslávia confirmaram seus favoritismos, passando respectivamente por Itália (80 x 77) e Argentina (70 x 62). O último duelo, foi outro acirrado clássico europeu, no qual a Grécia venceu à Espanha por 69 x 62.

Na semi-final, o time universitários dos EUA não pôde diante da Rússia, perdendo por acirrados 64 x 66, e a Iugoslávia passou venceu à Grécia por 78 x 73. No clássico de muita rivalidade basquetebolística que definiu o título, os sérvios venceram aos russos por acirrados 64 x 62, sagrando-se campeões mundiais.

IUGOSLÁVIA
Sasa Obradovic, Aleksandar Djordjevic, Dejan Bodiroga, Milenko Topic e Zeljko Rebraca. Téc: Zeljko Obradovic. Sexto jogador: Dejan Tomasevic.

Seleção do Campeonato
Vasily Karasev (Rússia), Alberto Herreros (Espanha), Dejan Bodiroga (Iugoslávia), Gregor Fucka (Itália) e Zeljko Rebraca (Iugoslávia)

Jogador Mais Valioso: Dejan Bodiroga (Iugoslávia)



2002 – Mundial de Indianápolis, nos EUA

O Mundial de 2002 foi disputado em Indianápolis, nos Estados Unidos. O anfitrião, embora historicamente sempre tenha dado mais valor às Olimpíadas do que ao Mundial, estava jogando em sua casa, e valorizava este fato. E por isto mesmo foi um campeonato histórico, pois a Seleção dos Estados Unidos perdeu um jogo pela primeira vez desde que passou a utilizar jogadores da NBA. E na mesma Indianápolis na qual em 1987 os EUA perderam para o Brasil por 120 x 115, na primeira derrota da história da Seleção dos EUA jogando em seu próprio território. Desta vez a derrota foi para a Argentina, por 87 x 80. Depois os EUA voltaram a perder nas quartas de final para a Iugoslávia. O time norte-americano contava com nomes como Paul Pierce, Reggie Miller, Shawn Marion e Ben Wallace.

O formato foi mantido com 16 participantes em grupos de quatro na 1ª fase, e com três avançando à 2ª Fase, quando se definiam aqueles que avançavam às quartas de final. Estavam previamente classificados os anfitriões Estados Unidos. As demais vagas foram 5 da Europa (Iugoslávia, Rússia, Espanha, Alemanha e Turquia), 5 outras das Américas (Argentina, Brasil, Porto Rico, Canadá e Venezuela), 2 da África (Angola e Argélia), 2 da Ásia (China e Líbano) e 1 da Oceania (Nova Zelândia). Entre as mais tradicionais, a Austrália não conseguiu vaga na Oceania, e Lituânia, Itália, Croácia e Grécia ficaram fora pela Europa.

No Grupo A, Espanha e Iugoslávia confirmaram seus favoritismos e ficaram com as duas primeiras colocações, com os espanhóis vencendo aos sérvios por 71 x 69, terminando em primeiro. Na definição da terceira vaga, uma surpresa gigante, com Angola vencendo ao Canadá por 84 x 74, eliminando aos canadenses. No Grupo B, sem surpresas, Brasil, Porto Rico e Turquia, nesta ordem, ficaram com as três primeiras posições, com o Líbano eliminado. No Grupo C, também sem surpresas, EUA, Alemanha e China se classificaram, e a Argélia foi eliminada. E no Grupo D, Argentina, Nova Zelândia e Rússia se classificaram, tendo a maior surpresa sido as derrotas dos russos para neozelandeses (81 x 90) e argentinos (81 x 100). A eliminada foi a Venezuela.

Na 2ª Fase, no Grupo E a grande surpresa foi Porto Rico, que tinha perdido para o Brasil na 1ª Fase (resultado carregado à 2ª Fase), e venceu à Iugoslávia (85 x 83) e a Espanha (73 x 65). As quatro vagas às quartas ficaram com Porto Rico, Espanha, Iugoslávia e Brasil, tendo Turquia e Angola sido eliminadas.

No Grupo F, a grande surpresa do torneio, com a Argentina vencendo aos EUA por 87 x 80 e ficando em primeiro, deixando os norte-americanos em segundo. Alemanha e Nova Zelândia ficaram com as outras duas vagas, eliminando a Rússia e China. Os sinais de enfraquecimento do basquete russo também foram outro fator marcante deste Mundial.


Nas quartas de final, outra surpresa enorme, com a Iugoslávia superando aos Estados Unidos por 81 x 78. Os sérvios já tinham sofrido derrotas na competição frente a Espanha e Porto Rico, mas a partir da vitória sobre os EUA, renasceram na disputa. Nos outros jogos, Argentina, Alemanha e Nova Zelândia eliminaram, respectivamente, a Brasil (78 x 67), Espanha (70 x 62) e Porto Rico (65 x 63).

Em paralelo à semi-final, os EUA ainda foram derrotados pela Espanha (75 x 81) e, mesmo com jogadores da NBA, terminaram com um 6º lugar. Na definição dos finalistas, os favoritos venceram, com a Argentina superando à Alemanha por 86 x 80, e a Iugoslávia vencendo à Nova Zelândia por 89 x 78. Na final, a Iugoslávia venceu à Argentina por 84 x 77 na prorrogação, após um empate em 75 x 75 no tempo normal. Um jogo no qual brilharam Dejan Bodiroga, que fez 27 pontos, e Peja Stojakovic, que fez 26. Os iugoslavos foram, assim, bi-campeões consecutivos. Se já não era aquele mesmo país que reunia à Sérvia e à Croácia juntas, três vezes campeã mundial, em 1970, 1978 e 1990, com a Sérvia sem a Croácia, foi duas vezes campeã, em 1998 e 2002. Comparativamente, Estados Unidos e União Soviética tinham sido três vezes campeão cada um, os EUA em 1954, 1986 e 1994, e a URSS em 1967, 1974 e 1982.

IUGOSLÁVIA
Milos Vujanic, Predrag Stojakovic, Dejan Bodiroga, Marko Jaric e Vlade Divac. Téc: Svetislav Pesic. Sexto jogador: Dejan Tomasevic

Seleção do Campeonato
Manu Ginóbili (Argentina), Predrag Stojakovic (Iugoslávia), Pero Cameron (Nova Zelândia), Dirk Nowitzki (Alemanha) e Yao Ming (China)

Jogador Mais Valioso: Dirk Nowitzki (Alemanha)



2006 – Mundial de Saitama, no Japão

O Mundial de 2006 foi disputado em Saitama, no Japão. Dispostos a recuperar sua imagem após as derrotas no Mundial de 2002 e nas Olimpíadas de 2004, os Estados Unidos levaram uma forte seleção, reunindo nomes de peso como Chris Paul, Dwyane Wade, LeBron James, Carmelo Anthony, Chris Bosh e Dwight Howard. E pela terceira vez consecutiva, os atletas da NBA fracassariam, sacudindo o basquete masculino mundial.

A edição de 2006 voltou a ser disputada por 24 participantes, repetindo o modelo que havia sido adotado no Mundial de vinte anos antes, no Mundial de 1986. Com a ampliação, 16 se classificavam, com a fase de play-offs passando a ser disputada a partir das oitavas de final.

Estavam previamente classificados o anfitrião Japão e a campeã olímpica Argentina. As demais vagas foram 9 da Europa (Lituânia, Sérvia e Montenegro (ex-Iugoslávia), Espanha, Itália, Grécia, França, Alemanha, Turquia e Eslovênia), 5 outras das Américas (Estados Unidos, Brasil, Porto Rico, Venezuela e Panamá), outras 3 da Ásia (China, Líbano e Qatar), 3 da África (Angola, Nigéria e Senegal) e 2 da Oceania (Austrália e Nova Zelândia). Mesmo com a ampliação de participantes, seleções tradicionais do basquete europeu não conseguiram classificação, como foram os casos de Rússia e Croácia, assim como também não se classificou o Canadá.

No Grupo A, a maior surpresa foi a Sérvia ter se classificado tão só em quarto lugar. A grande surpresa foi a Nigéria, que venceu aos sérvios por 82 x 75, ficando em terceiro. As duas primeiras posições foram de Argentina e França, tendo Venezuela e Líbano sido eliminados.

No Grupo B também teve surpresa africana, com Angola vencendo à Nova Zelândia por 95 x 73 e avançando em terceiro lugar, deixando os neozelandeses, também classificados, com a quarta posição. As duas primeiras ficaram com Espanha e Alemanha, e Japão e Panamá acabaram eliminados.

No Grupo C, o Brasil confirmava já não ter mais a força de outros tempos, acabando eliminado logo na 1ª Fase, junto com o Qatar. As quatro primeiras posições foram ocupadas, nesta ordem, por Grécia, Turquia, Lituânia e Austrália.

E no Grupo D, os EUA venceu todos os seus jogos e avançou em primeiro. As demais vagas às oitavas ficaram com Itália, Eslovênia e China. Porto Rico e Senegal acabaram eliminados.

Nas oitavas de final, a Nigéria voltou a surpreender, fazendo uma partida extremamente acirrada contra a Alemanha, na qual acabou eliminada numa derrota por apenas um ponto (77 x 78). Nos confrontos mais tradicionais, a Lituânia venceu à Itália (71 x 68) e a Espanha venceu à Sérvia (87 x 75). Nos demais duelos, os favoritos avançaram, com EUA, Argentina, Grécia, França e Turquia eliminando, respectivamente, a Austrália (113 x 73), Nova Zelândia (79 x 62), China (95 x 64), Angola (68 x 62) e Eslovênia (90 x 84).


Nas quartas de final, os vencedores se impuseram com relativa facilidade sobre seus rivais. Estados Unidos, Espanha, Argentina e Grécia venceram, respectivamente, a Alemanha (85 x 65), Lituânia (89 x 67), Turquia (83 x 58) e França (73 x 56).

As semi-finais foram espetaculares, e históricas! A Grécia, de Dimitris Diamantidis e Theodoros Papaloukas, surpreendeu e venceu aos Estados Unidos por 101 x 95. No outro duelo, a Espanha venceu à Argentina por acirradíssimos 75 x 74. Na final, a vitória foi dos espanhóis, que marcaram incríveis 70 x 47 sobre os gregos, mesmo com a ausência do lesionado Pau Gasol neste jogo. Foi a primeira vez que a Espanha conquistou o Campeonato Mundial de Basquete Masculino.

ESPANHA
Juan Carlos Navarro, Rudy Fernández, Jorge Garbajosa, Felipe Reyes e Pau Gasol.
Téc: Pepu Hernández. Sexto jogador: José Calderón.

Seleção do Campeonato
Manu Ginóbili (Argentina), Thodoris Papaloukas (Grécia), Jorge Garbajosa (Espanha), Carmelo Anthony (EUA) e Pau Gasol (Espanha)

Jogador Mais Valioso: Pau Gasol (Espanha)



2010 – Mundial de Istambul, na Turquia

O Mundial de 2010 foi disputado em Istambul, na Turquia. Após recuperar o título olímpico em 2008, os Estados Unidos queriam recuperar o título mundial, e mandaram uma forte seleção, com estrelas das NBA como Kevin Durant, Derrick Rose e Russell Westbrook.

Pela segunda edição consecutiva foram 24 os participantes. Estavam previamente classificados a anfitriã Turquia e o campeão olímpico, os EUA. As demais vagas foram mais 9 da Europa (Lituânia, Rússia, Sérvia, Croácia, Eslovênia, Espanha, Grécia, França e Alemanha), mais 4 das Américas (Argentina, Brasil, Porto Rico e Canadá), 4 da Ásia (China, Líbano, Irã e Jordânia), 3 da África (Angola, Costa do Marfim e Tunísia) e 2 da Oceania (Austrália e Nova Zelândia). Entre as seleções mais tradicionais do basquete europeu, a Itália não conseguiu sua classificação.

No Grupo A, Sérvia, Argentina e Austrália confirmaram seus favoritismos e ficaram com as três primeiras posições. Os sérvios superaram aos argentinos por 84 x 82 e ficaram com a primeira posição. Assim como aconteceu no Mundial anterior, em 2006, Angola voltou a surpreender e se classificar, vencendo e eliminando à Alemanha, por 92 x 88, na prorrogação. A Jordânia foi a outra eliminada.

No Grupo B, os EUA venceram a todos os seus jogos: 106 x 78 na Croácia, 99 x 77 na Eslovênia, 70 x 68 no Brasil, 88 x 51 no Irã e 92 x 57 na Tunísia. Destaque para o placar bastante apertado contra os brasileiros. As outras três vagas ficaram com Eslovênia, Brasil e Croácia, com Irã e Tunísia eliminados.

No Grupo C, as quatro classificadas foram Turquia, Rússia, Grécia e China, com Porto Rico e Costa do Marfim tendo sido eliminados. E no Grupo D as quatro classificadas foram Lituânia, Espanha, Nova Zelândia e França. Os lituanos venceram aos espanhóis por 76 x 73 e ficaram em primeiro lugar. A maior surpresa foi a derrota do Canadá para o Líbano (71 x 81), tendo ambos, no entanto, acabado eliminados.


Nas oitavas de final, a maior expectativa era pelo clássico das ex-Iugoslávia, com uma partida acirradíssima, na qual a Sérvia venceu à Croácia por 73 x 72. Nos demais confrontos não houve surpresa, tendo EUA, Lituânia, Argentina, Espanha, Eslovênia, Rússia e a anfitriã Turquia vencido, respectivamente, a Angola (101 x 66), China (78 x 67), Brasil (93 x 89), Grécia (80 x 72), Austrália (87 x 58), Nova Zelândia (78 x 56) e França (95 x 77).

Nas quartas de final, a maior surpresa foi a vitória da Turquia sobre a Eslovênia por 85 x 68. Os demais duelos foram grandes clássicos entre seleções que dominavam o cenário internacional naquele momento, com os EUA vencendo à Rússia por 89 x 79, a Lituânia passado pela Argentina por 104 x 85, e a Sérvia vencendo à Espanha por 92 x 89. 

Na semi-final, os Estados Unidos confirmaram a força de sua equipe, vencendo à Lituânia por 89 x 74. No outro duelo, disputa acirradíssima e a Turquia venceu à Sérvia por 83 x 82. A surpreendente campanha turca só não foi capaz de superar aos norte-americanos na final, tendo eles recuperado também o título mundial, assim como tinham feito com o olímpico dois anos antes, vencendo na final com ampla superioridade, fazendo 81 x 64.

ESTADOS UNIDOS
Derrick Rose, Russell Westbrook, Kevin Durant, Lamar Odom e Tyson Chandler. Téc: Mike Krzyzewski, “Coach K”. Sexto jogador: Chauncey Billups.

Seleção do Campeonato
Milos Teodosic (Sérvia), Hedo Turkoglu (Turquia), Kevin Durant (EUA), Linas Kleiza (Lituânia) e Luis Scola (Argentina)

Jogador Mais Valioso: Kevin Durant (EUA)



2014 – Mundial da Espanha

O Mundial de 2014 foi disputado em cinco diferentes cidades da Espanha, com a final tendo sido jogada em Madrid. Entre os 24 participantes estavam a anfitriã Espanha e o campeão olímpico, os EUA. As demais vagas foram mais 9 da Europa (Lituânia, Sérvia, Croácia, Eslovênia, Grécia, França, Turquia, Ucrânia e Finlândia), mais 5 das Américas (Argentina, Brasil, Porto Rico, México e República Dominicana), 3 da Ásia (Irã, Coréia do Sul e Filipinas), 3 da África (Angola, Senegal e Egito) e 2 da Oceania (Austrália e Nova Zelândia). Entre as seleções mais tradicionais que não se classificaram estavam Rússia, Itália e Alemanha, na Europa, e o Canadá, nas Américas.

No Grupo A, as quatro vagas foram, nesta ordem, de Espanha, Brasil, França e Sérvia, tendo Irã e Egito sido eliminados. No Grupo B, Grécia, Croácia e Argentina ficaram com as três primeiras posições, tendo o basquete africano mais uma vez surpreendido, com Senegal vencendo e eliminando a Porto Rico, por 82 x 75, que deu adeus junto às Filipinas.

No Grupo C, a maior surpresa foi a vitória da República Dominicana sobre a Nova Zelândia (76 x 63). Os EUA venceram todos os seus jogos por mais de 20 pontos de vantagem: 114 x 55 na Finlândia, 98 x 77 na Turquia, 98 x 71 na Nova Zelândia, 106 x 71 na República Dominicana, e 95 x 71 na Ucrânia. Sem outras surpresas, Ucrânia e Finlândia foram as duas seleções eliminadas. E no Grupo D, Lituânia, Eslovênia, Austrália e México se classificaram, eliminando a Angola e Coréia do Sul.

Nas oitavas de final, a maior surpresa foi a vitória do Brasil sobre a Argentina (85 x 65). Nos duelos mais acirrados, França, Sérvia e Turquia venceram, respectivamente, a Croácia (69 x 64), Grécia (90 x 72) e Austrália (65 x 64). Nos outros quatro jogos, os favoritos se impuseram, tendo EUA, Espanha, Lituânia e Eslovênia vencido, respectivamente, a México (86 x 63), Senegal (89 x 56), Nova Zelândia (76 x 71) e República Dominicana (71 x 61).


A grande surpresa nas quartas de final foi a vitória da França sobre a anfitriã Espanha (65 x 52). O Brasil duelou com a Sérvia, a quem havia vencido na 1ª Fase (81 x 73), mas não conseguiu voltar a uma semi-final a nível mundial, com os sérvios vencendo facilmente, por 84 x 56. Nos dois outros duelos, os favoritos venceram, com os EUA passando por 119 x 76 pela Eslovênia, e a Lituânia vencendo à Turquia por 73 x 61. Os norte-americanos, parecendo imparáveis, continuavam sem ter deixado de vencer seus jogos por pelo menos 20 pontos de vantagem.

Na semi-final, os Estados Unidos venceram à Lituânia por 96 x 68 (portanto, 18 pontos de vantagem) e a Sérvia passou pela França por 90 x 85. Na disputa do título, os EUA voltaram a vencer por larga vantagem, com sua equipe não encontrando grande resistência, e vencendo à Sérvia por impactantes 129 x 92. Depois de ter sido apenas três vezes campeão nas 15 primeiras edições disputadas entre 1950 e 2006, tendo vencido em 1954 e 1986, e na primeira vez na qual utilizou jogadores da NBA num Mundial, em 1994, o basquete dos Estados Unidos se sagrou bi-campeão mundial em 2010 e 2014.

ESTADOS UNIDOS
Stephen Curry, Kyrie Irving, James Hardem, Keneth Faried e Anthony Davis. Téc: Mike Krzyzewski, “Coach K”. Sexto jogador: Derrick Rose.

Seleção do Campeonato
Milos Teodosic (Sérvia), Kyrie Irving (EUA), Nicolas Batum (França), Keneth Faried (EUA) e Pau Gasol (Espanha)

Jogador Mais Valioso: Kyrie Irving (EUA)



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